Quem passasse em frente ficaria sob a mira também naquele momento, segundo Wendel. Tudo isso aconteceu por volta de 11h da manhã do dia 25 de maio de 2011.
O homem revistado foi quase esquecido e liberado em seguida. É o cinegrafista que passa a ser "suspeito", a atenção se voltou para quem filmava.
Com dose de arrogância e arma também na mão, o insistente Sargento do batalhão de Ronda Ostensiva Tática ( Rotam), conforme a inscrição em sua farda, se aproxima e pede documentos, identificação do orgão de imprensa, credenciais até. Mantendo a pistola em punho até o final.
"Mesmo me identificando com os documentos que portava, o que achei desnecessário, ele disse que os documentos não são meus. Ainda afirmo sou Freelancer, penso que ele nem entendeu o termo. Fiquei por duas vezes sob mira da arma, nem me virei no vídeo, pois ele apontava em minha direção na altura de mina cabeça, tive medo que um movimento meu pudesse provocar um disparo."
Ficam as perguntas:
Caso a arma disparasse, estava apontada para o casal e para quem passasse em frente, seria apenas um "disparo acidental?".
Por quê o suspeito foi até liberado e o jornalista que apenas registrava o fato sofreu a abordagem da maneira como mostrada no vídeo?
O Segundo policial, já que ficaria difícil dialogar com o que tinha a arma em punho, respondeu sobre a revista no homem que aparece de bonê e camisa regata: "É usuário de drogas." Limitou-se a justificativa, mas, nem arma ou droga foi encontrada em seu poder como mostram as imagens.
Com relação ao jornalista nenhum dos dois respondeu o motivo da abordagem.
Registro Profissional |
Resposta da Ouvidoria do Estado de Minas Gerais:
"Prezado manifestante, em resposta ao seu questionamento, esclarecemos que toda e qualquer abordagem policial só pode ser efetuada quando existem fundadas suspeitas de cometimento de delito ou infração por parte do abordado. Quanto a V. Sa. filmar a ação policial não há nenhuma proibição. Caso haja interesse de vossa parte pelo registro de denúncia sobre o fato, estamos à disposição, desde que forneça seus dados pessoais e mais detalhes sobre a situação.
Estamos à disposição para dirimir quaisquer dúvidas."
Atenciosamente,
Paulo Alkimim
Ouvidor de Polícia
Resposta rápida
Ouvidoria Geral do Estado de Minas Gerais
Recentemente a PMMG não divulgou dados de violência no estado para imprensa, prova de que não vivemos de fato uma democracia, nem ainda somos uma verdadeira nação.
Um comentário:
Obs: Como ainda vivemos em resquício da ditadura militar a corregedoria informa ter arquivado meu o caso. Bem, na verdade como se trata de um orgão corporativista, claro, eles se protegem e "acobertam" acontecimentos e agentes.
Casos como o assassiinato na comunidade da Serra em 2011 prova minha afirmação.
Recentemente a PMMG não divulgou dados de violência no estado para imprensa, prova de que não vivemos de fato uma democracia, nem ainda somos uma verdadeira nação.
Tentarei provar minhas acusações, mesmo que pedindo ajuda a orgãos de direitos humanos ou mesmo algum político que defenda tais direitos.
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